Escola Dominical

2º Trimestre de 2013: A Família Cristã no século XXI

      
       A família é a mais importante instituição criada por Deus para a sociedade. Neste trimestre teremos a oportunidade impar de tratar de alguns temas que são extremamente relevantes para que tenhamos uma vida familiar bem sucedida.




LEITURA BÍBLICA: Deuteronômio 11.18-21; 
                                      2 Timóteo 3.14-17

     A negligência para com o culto doméstico tem esfriado espiritualmente a família cristã. A comunhão, que deveria ser intensa no lar, é substituída, hoje, pela televisão e pelas longas horas de navegação na internet. Consequentemente, o culto ao Senhor em nossas casas, outrora tão prioritário, praticamente desapareceu. Como se não bastasse, muitos pais optaram por terceirizar a formação espiritual e moral de seus filhos. Não querem ter trabalho algum com as suas crianças, adolescentes e jovens. E, para se justificarem, alegam falta de tempo. O que será dessa nova geração sem o ensino cristão? É necessário resgatarmos com urgência o culto doméstico. Caso contrário, nossas famílias não poderão subsistir nestes dias difíceis, maus e tenebrosos.

I. O CULTO DOMÉSTICO

1. Adoração em família. Moisés reuniu o povo e fez-lhe saber a vontade de Deus através dos estatutos e dos juízos divinos (Lv 19.37). O lar judaico, por conseguinte, teria de ser uma escola para as crianças aprenderem a temer e a amar ao Senhor (Dt 6.7; 11.18,19). Lamentavelmente, já não se vê o mesmo zelo e determinação nas famílias cristãs atuais. Não há uma cultura de adoração a Deus no lar. Entretanto, a Bíblia Sagrada destaca o valor do ensino divino cultivado no coração humano (Pv 4.20-23). A Palavra de Deus deve ser o livro-texto dos pais na educação dos seus filhos, pois ela “é viva e eficaz” e produz um poderoso efeito na vida de quem a observa e a pratica (Hb 4.12).

2. A restauração da instrução doméstica. A respeito do ensino divino a ser ministrado no lar, o Senhor ordena: “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (Dt 6.6,7). Mais do que nunca, torna-se imperativo o ensino da Palavra de Deus no lar (Pv 22.6). Nossos filhos precisam aprender com a máxima urgência a amar a Deus como Ele o requer: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu poder” (Dt 6.5).

3. A prática da adoração doméstica. Muitos casais supõem que, pelo fato de ainda não serem pais, acham-se dispensados do culto doméstico. Na verdade, o culto doméstico não apresenta qualquer restrição no tocante à quantidade de membros em uma família. Portanto, quer você tenha filhos, quer não, a devoção na família não pode esperar. A diferença está apenas no fato de que havendo filhos, a Palavra deverá ser ministrada com o objetivo de alcançá-los também, com uma linguagem própria para cada faixa etária.
O Culto Doméstico promove a adoração em família, a instrução doméstica e uma prática consciente da comunhão cristã.

II. O CULTO NO LAR

1. Organizando o culto doméstico. Tendo em vista a prática do culto doméstico, a primeira coisa a fazer é definir um dia e um horário em que todos os membros da família possam participar. A liturgia não precisa ser a mesma da igreja, todavia o louvor, a mensagem e a oração são elementos indispensáveis. Procure não utilizar o momento do culto para discutir problemas familiares ou de outra ordem. Faça estudos bíblicos, incentive os filhos a falarem acerca de sua fé e ouça as instruções dos mais velhos. Este é o momento da família cristã! Sejamos, portanto, prudentes para edificarmos o nosso lar na rocha inabalável: Cristo Jesus (Mt 7.24,25; Ef 2.20).
Não deixe de ler diariamente a Bíblia com o seu cônjuge e filhos. Programe a leitura diária para o ano todo. E aproveite as datas comemorativas, como o Natal e os aniversários, para celebrar a Deus em família e agradecê-lo pelas vitórias conquistadas. Um lar que assim procede jamais será destruído.

2. Ganhando os que ainda não são crentes. Sempre é possível que haja na família pessoas que ainda não tenham aceitado a Jesus como seu Salvador e Senhor. Apesar disso, o culto doméstico não pode ser negligenciado. Não deixe de convidar os familiares descrentes, com amor e sabedoria, para que participem da adoração a Deus. Siga o exemplo de Jó. Ele não forçava seus filhos a servirem ao Senhor. Mas, ainda pela madrugada, levantava-se para oferecer holocaustos a Deus por todos eles (Jó 1.4,5). Não despreze os momentos de comunhão com o Senhor no seu lar. Busque-o e adore-o de todo o coração (Mc 12.30).

3. Eu e minha casa servindo ao Senhor. Alguns crentes negligenciam o culto doméstico por acharem-no antiquado e desnecessário. A falta de tempo e o cansaço são as desculpas mais utilizadas. Entretanto, há textos bíblicos contundentes que exortam os chefes de família a ensinar a Palavra de Deus a toda a sua casa (Dt 6.7-9).
O culto doméstico foi eficaz na vida de Timóteo. Desde a mais tenra idade, ele era zelosamente instruído nas Sagradas Escrituras por sua mãe, Eunice, e por sua avó, Lóide. E o resultado foi maravilhoso. O jovem Timóteo tornou-se um grande obreiro de Cristo (1Tm 1.2; 2Tm 1.2).
     Tomemos como exemplo a mesma atitude de Josué. Ele deixou claro que o povo de Israel deveria escolher a quem deveria servir quando da entrada na terra Prometida, mas fechou a questão quando disse que ele e sua família serviriam ao Senhor (Js 24.15), motivando a mesma atitude naqueles que o ouviam. O culto doméstico deve ser prioridade em todo lar cristão. Ali, a família adora a Deus e cresce em graça e conhecimento.

III. BÊNÇÃOS ADVINDAS DO CULTO DOMÉSTICO

1. Fortalece os laços familiares. Como resultados do culto doméstico, podemos apontar o fortalecimento tanto da vida social quanto da espiritual, proporcionando-nos bênçãos extraordinárias. O livro de Ester é um exemplo do que ocorre quando instruímos os nossos familiares na Palavra de Deus. Embora rainha e esposa do homem mais poderoso daquele tempo, ela jamais se esqueceu dos ensinos que lhe transmitira seu primo, Mardoqueu, pois os laços entre ambos eram fortes (Et 2.5-7). No momento certo, ela saiu em defesa do povo de Israel, e Deus se manifestou em todo o Império Persa. Na união espiritual do lar, sempre haverá lugar para Deus operar e agir, abençoando a todos (Sl 133.1,3).

2. Santifica e protege a família. Ouvimos todos os dias notícias estarrecedoras sobre tragédias familiares. Como se não bastasse, aumenta, a cada ano, o número de divórcios em todo o mundo. E o que dizer das drogas e da prostituição infantil que vitimam milhões de crianças oriundas de lares desestruturados? Mas quando nos unimos para buscar a face do Senhor, através da devoção doméstica, Satanás não encontra espaço para destruir nossos filhos. A família que verdadeiramente serve ao Senhor não será abalada, pois o Senhor santifica-a e a guarda (Ef 6.16-18).

3. Torna a família piedosa. Vemos que, em Israel, era comum a família adorar ao Senhor por ocasião da Páscoa (Êx 12.14). É gratificante e profundamente saudável a adoração a Deus em família: “Nas tendas dos justos há voz de júbilo e de salvação; a destra do Senhor faz proezas” (Sl 118.15).Pais e filhos orando, lendo a Bíblia e cantando alegremente, no lar, produzem uma atmosfera espiritual de grande valor perante Deus, a Igreja e a sociedade.
     Podemos participar de algumas bênçãos promovidas pelo Culto Doméstico: Fortalecimento dos laços familiares; Santificação e proteção da família; além de um lar piedoso.

CONCLUSÃO
     O culto doméstico precisa ser urgentemente resgatado, pois o mundo quer impor sobre nossas famílias condutas totalmente contrárias às recomendadas pelas Sagradas Escrituras. Se ensinarmos os preceitos do Senhor aos nossos filhos, eles jamais serão tragados por este século, cujo príncipe é o Diabo. Quando a família é alicerçada na Palavra de Deus, a igreja local é fortalecida e a sociedade, como um todo, é beneficiada. Enfim, todos somos abençoados. Não perca tempo, inicie hoje mesmo o culto doméstico e Jesus jamais deixará o seu lar.




LEITURA BÍBLICA:1 Tessalonicenses 4.3-5; 5.23; 
                                     1 Pedro 1.14-16.

     Sabemos que o sexo foi criado por Deus com um propósito elevado, nobre e saudável. No entanto, desde a Queda, a sexualidade vem sendo deturpada de modo irresponsável, pecaminoso e grotesco. Assim, por ser também um tema bíblico, tal assunto deve ser abordado na Escola Dominical. O objetivo desta lição é ajudar às famílias, proporcionando-lhes uma visão bíblica e ortodoxa a respeito deste assunto. Afinal, como Igreja de Cristo, temos de ser santos em toda a nossa maneira de ser.

I. QUESTÕES SOBRE A SEXUALIDADE

1. Um mundo dominado pelo erotismo. Vivemos numa sociedade marcada por um erotismo tão maligno e ímpio, que não poupa sequer as crianças. Nossas famílias, principalmente as crianças, estão sendo expostas à exploração do sexo de modo intenso e irresponsável. O sexo em si não é pecaminoso, pois foi Deus quem o criou. O Diabo, porém, encarregou-se de transformá-lo em algo vergonhoso e vil. Eis porque temos de educar nossas crianças e jovens segundo os princípios da Palavra de Deus, para que não sejam destruídos. Infelizmente há cristãos, inclusive obreiros, que, utilizando-se indevidamente da internet tornam-se vítimas da pornografia. O fácil acesso a esse tipo de material vem roubando a alegria da salvação de muita gente. Portanto, tomemos cuidado com o que vemos no computador (leia Sl 101.3).

2. Fornicação é pecado. Não querendo Deus que o homem vivesse só, deu-lhe uma esposa (Gn 2.18). Por isso, o Cântico dos Cânticos de Salomão exalta o relacionamento sexual não entre solteiros, mas entre um homem e uma mulher devidamente casados (Ct 4.1-12; Ef 5.22-25). Isso significa que o sexo antes ou fora do casamento desagrada a Deus. E quem vive na prática do pecado não herdará o Reino de Deus (Ef 5.5).

3. Prazer no casamento. Muita gente acha que o relacionamento sexual entre marido e mulher tem como único objetivo a procriação. Isso é um erro. Na Bíblia, encontramos vários textos que incentivam o casal a desfrutar das alegrias conjugais. Em Provérbios 5.18-23, os cônjuges são exortados a usufruírem da intimidade matrimonial. Por outro lado, o homem é advertido contra “a mulher estranha”, a adúltera. Em seguida, é incentivado a valorizar a união matrimonial e santa, exaltando sempre a monogamia, a fidelidade e o amor (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9). 
Vivemos numa sociedade dominada pelo erotismo e pela sexualidade distorcida que nada tem com a ética cristã.

II. O VALOR DA PUREZA SEXUAL ANTES DO CASAMENTO

1. No Antigo Testamento. A Bíblia exalta a pureza na vida de um jovem (Sl 119.9-11). Aliás, esse texto é indispensável a todo servo de Deus. As leis sobre a castidade eram rigorosas. Se uma jovem, por exemplo, tivesse relações sexuais antes do casamento era apedrejada até à morte (Dt 22.20,21), e o sacerdote só poderia se casar com uma virgem (Lv 21.13,14), demostrando que em Israel, a virgindade era necessária e valorizada por todos (Gn 34.7).

2. Em o Novo Testamento. Doutrinando os coríntios sobre a fidelidade a Cristo, Paulo faz alusão ao valor da virgindade: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2Co 11.2). Por conseguinte, a pureza sexual em o Novo testamento é tanto para o homem quanto para a mulher. Ambos devem manter-se castos e virgens até o casamento.
No Antigo e em o Novo Testamento, a pureza sexual de um jovem é exaltada e valorizada.

III. O SEXO QUE A BÍBLIA CONDENA
1. A prática do homossexualismo. De acordo com o Dicionário Houaiss, homossexualismo é a prática amorosa ou sexual entre indivíduos do mesmo sexo. O que a Bíblia tem a dizer sobre esse assunto?
    No princípio, o Criador não uniu dois “machos” nem duas “fêmeas”. A Bíblia é clara: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Mais adiante, acrescenta o texto bíblico: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18). Tais passagens mostram que Deus criou apenas dois gêneros bem distintos: homem e mulher. Isto significa que o homossexualismo é pecado. Não resta dúvida! É um pecado de tal forma abominável que até mesmo o dinheiro proveniente de tal prática não deve ser introduzido na Casa de Deus: “Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita à Casa do Senhor, teu Deus, por qualquer voto; porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor, teu Deus” (Dt 23.18 — ARA).Cumpre ressaltar, aqui, que não admitimos qualquer tipo de violência contra os homossexuais. Mesmo porque, cumpre-nos ganhá-los para Jesus. E, graças a Deus, há muitos ex-homossexuais que, hoje, servem fielmente ao Senhor (1Co 6.11).

2. Educando os jovens na Palavra de Deus. Com base na Bíblia Sagrada, ensinemos às nossas crianças, adolescentes e jovens, que o sexo é permitido por Deus para o prazer de um homem e uma mulher unidos pelo matrimônio. O sexo fora ou antes do casamento é pecado e contrário ao plano de Deus na vida de um casal crente. Enquanto isso, prontifiquemo-nos a orar pelas autoridades constituídas, para que não instituam leis cujo único objetivo é promover o pecado e destruir a família tradicional.
A união heterossexual é o único modelo de casamento aprovado por Deus. Tal verdade condena o homossexualismo.

CONCLUSÃO
     O casamento, de acordo com a Palavra de Deus, é monogâmico, heterossexual e indissolúvel. E não podemos fugir a esse padrão. Quanto ao ato sexual, só é lícito se praticado no casamento; antes e fora do matrimônio é pecado. Que sejamos, como servos do Senhor, exemplo de moderação, ética e, acima de tudo, santidade e pureza em todos os aspectos de nossa vida.




LEITURA BÍBLICA: Deuteronômio 6.1-9

     Educar os filhos não é uma tarefa fácil. Deus, porém, confiou-nos essa tarefa, e dela não podemos fugir. Infelizmente, muitos pais estão terceirizando a educação de seus filhos, e isso tem enfraquecido a família cristã. Para que cumpramos essa tão nobre missão é necessário que busquemos a sabedoria que somente Deus pode conceder-nos (Tg 1.5; 3.17). Ainda que contemos com a ajuda da igreja, a responsabilidade de educar é dos pais.

I. EDUCAÇÃO, A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS
1. O que significa educar? Segundo o Dicionário Houaiss “a palavra educar vem do latim educo e significa ‘criar uma criança’; cuidar, instruir”. Podemos definir educação como ensino e instrução. Não podemos jamais nos esquecer que a Igreja do Senhor tem uma função educadora. Como sal e luz deste mundo ela deve educar e instruir segundo a Palavra de Deus (Mt 28.19,20). Como crentes precisamos ser guiados e orientados segundo as Escrituras, pois ela nos protege das sutilezas do Maligno.

2. Educação Cristã. Se quisermos uma sociedade melhor, mais justa e solidária, precisamos, como Igreja do Senhor, valorizar o ensino da Palavra de Deus. Para isso, é imprescindível investir na Educação Cristã, pois o seu principal objetivo é levar o crente a conhecer mais a Deus (Os 6.3), contribuindo para que o fiel tenha uma vida reta perante o Senhor e a sociedade. Nesse processo, a participação da liderança é decisiva. Aliás, ensinar é um dos deveres do pastor (1Tm 3.2; 2Tm 2.24).

3. A educação nas escolas. Vivemos em uma sociedade permissiva, onde faltam valores morais e éticos. Tanto nas escolas públicas quanto nas privadas as crianças e os jovens estão em contato com filosofias ateístas, materialistas e pragmáticas. Tais ensinos, nocivos à fé cristã, já fazem parte do currículo de muitas escolas. Por isso, os pais não podem negligenciar a educação dos seus filhos. Eles precisam, com a ajuda da igreja, ser instruídos para orientar seus filhos (Ef 6.1-4). Os resultados da educação divorciada dos valores cristãos podem ser os piores possíveis: milhares de adolescentes grávidas, aumento das doenças sexualmente transmissíveis, aumento do número de casos de AIDS, etc.

II. A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO

1. No Antigo Testamento. A ordem do Senhor aos israelitas era para que estes priorizassem a educação. Os pais tinham a responsabilidade de ensinar os filhos a respeito dos atos do Senhor em favor do povo de Israel (Sl 78.5). Assim os filhos, mediante o testemunho dos pais, conheceriam a Deus e aprenderiam a temê-lo (Dt 4.9,10). No livro de Josué lemos a respeito do memorial erguido com doze pedras retiradas do rio Jordão (Js 4.20-24). Este memorial serviria para lembrar ao povo o dia em que o Senhor os fez passar a pés secos pelo rio. Ao verem esse memorial, as crianças ouviriam a sua história e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais. É preciso que façamos o mesmo com nossas crianças, testemunhando do poder de Deus às próximas gerações. É preciso aproveitar cada momento para mostrarmos a nossa gratidão a Deus, de modo que o nosso exemplo de vida fale tanto quanto nossas palavras.

2. Em o Novo Testamento. As sinagogas também eram um centro de instrução onde os meninos judeus aprendiam a respeito da lei. Mesmo havendo essas “escolas” a educação no lar era prioritária. Jesus, como menino judeu, provavelmente participou do ensino nas sinagogas, pois seus pais cumpriam os rituais judaicos (Lc 2.21-24,39-42). Em sua pré-adolescência, Jesus já sabia de cor a Torá, chegando a confundir os doutores no templo (Lc 2.46,47). Em o Novo Testamento vemos que a educação começava no lar, passava pela sinagoga, e se fortalecia no templo. Temos também o exemplo do jovem obreiro Timóteo. O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo exortando-o a permanecer nas Sagradas Escrituras, que havia aprendido ainda menino (2Tm 1.5,6; 3.14-17).

3. Na atualidade. A Escola Dominical é a maior e a mais acessível agência de educação religiosa das igrejas evangélicas. Ela auxilia todas as faixas etárias na compreensão das Sagradas Escrituras. Porém, a Escola Dominical não pode ser a única responsável pela formação espiritual e moral de nossas crianças, adolescentes e jovens. A responsabilidade maior cabe aos pais. Aliás, a educação de nossos filhos deve começar, prioritariamente, em nosso lar, pois assim Deus recomenda em sua Palavra (Ef 6.1-4).
     No Antigo Testamento os israelitas priorizavam a educação dos filhos em casa. Em o Novo Testamento, as sinagogas eram os centros de instrução para os meninos aprenderem a lei.

III. A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA

1. Os filhos são herança do Senhor. Os pais precisam cuidar dos filhos com zelo, carinho e amor, oferecendo uma educação de qualidade, pois eles são “herança do Senhor” e a nossa grande recompensa (Sl 127.3); portanto, agradeça a Deus pelos seus filhos. Como forma de gratidão, procure ensiná-los e educá-los no temor do Senhor (Ef 6.1-4). Não seja negligente com a educação deles (Pv 22.6).

2. O ensino da Palavra de Deus no lar. Os pais são, por natureza, os primeiros professores dos filhos. A criança conhece a Deus primeiramente através dos pais, por isso, não deixe de fazer o culto doméstico. Reserve ao menos 10 minutos por dia para louvar e adorar ao Senhor com seus filhos. Tais momentos são especiais e ajudam a fortalecer a família. Não permita que a televisão ou quaisquer meios de distração impeçam a sua família de desfrutar desses minutos tão especiais.

3. Leve seus filhos à igreja. Lamentavelmente, muitos pais vão à igreja sem seus filhos. As crianças e os jovens devem ser persuadidos, com amor, a ir à Casa do Senhor. Se ainda na infância forem conduzidos à Casa de Deus, quando jovens darão valor a essa prática saudável (Mc 10.13-16). A Educação Cristã começa no lar e é fortalecida na Igreja, notadamente na Escola Dominical.

CONCLUSÃO

“Educação é dever do Estado e direito do cidadão”, porém, a educação começa na família. Os pais receberam de Deus uma das mais nobres missões: educar seus filhos. Aqueles que amam ao Senhor e a sua Palavra vão fazer de tudo para que seus filhos sejam educados segundo os princípios bíblicos. Somente assim livraremos nossos filhos dos horrores destes últimos dias.




LEITURA BÍBLICA : Mateus 19.3-12

Por ser algo traumático, o divórcio é sempre um assunto difícil de ser tratado. Existem pessoas que não o aceitam em nenhuma condição. Há pessoas que, sob determinadas circunstâncias são favoráveis, e há até os que buscam base nas Sagradas Escrituras para admiti-lo em qualquer situação. Qual a posição da Bíblia? É o que estudaremos nesta lição.

I. O DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO

1. A lei de Moisés e o divórcio. O capítulo 24 do livro de Deuteronômio trata a respeito do divórcio. Como a prática havia se tornado comum em Israel, o propósito da lei era regulamentar tal situação a fim de evitar os abusos e preservar a família. Nenhuma lei do Antigo Testamento incentivava alguém a divorciar-se, mas servia como base legal para a proibição de outros casamentos com a mulher divorciada. O divórcio era e é um ato extremo (Ml 2.16). Infelizmente, muitos que conhecem a Palavra do Senhor se divorciam por qualquer motivo. O casamento é uma aliança de amor, inclusive com Deus, um pacto que não pode ser quebrado, sobretudo por motivos fúteis e torpes.

2. A carta de divórcio. Uma vez que recebia a carta de divórcio, tanto o homem quanto a mulher estavam livres para se casarem novamente. Todavia, segundo a lei, a mulher que fora repudiada, depois de viver com outro marido, não poderia retornar para o primeiro, pois tal atitude era considerada abominação ao Senhor (Dt 24.4). Divorciar-se não era fácil, pois havia várias formalidades, e somente o homem podia pedir o divórcio. A mulher não tinha tal direito. A Lei de Moisés, apesar de não incentivar o divórcio, dispunha de vários mecanismos para torná-lo mais humano (Dt 24).

II. O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DO DIVÓRCIO

1. A pergunta dos fariseus. Procurando incriminar Jesus, e imbuídos da ideia difundida pela escola do rabino Hilel (que defendia o direito de o homem dar carta de divórcio à mulher “por qualquer motivo”), os fariseus questionaram: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” (Mt 19.3b). Respondendo aos acusadores, Jesus relembrou o “princípio” divino para o casamento, quando Deus fez o ser humano, “macho e fêmea”, “ambos uma [só] carne” (cf. Gn 2.24). Assim, o Mestre concluiu: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.6b). Essa é a doutrina originária a respeito da união entre um homem e uma mulher; ela reflete o plano de Deus para o casamento, considerando-o uma união indissolúvel.

2. O ensino de Jesus. Os fariseus insistiram: “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?” (Mt 19.7b). Respondendo à insistente pergunta, Jesus explicou que Moisés permitiu dar carta de repúdio às mulheres, “por causa da dureza dos vossos corações”. Uma mulher abandonada pelo marido ficaria exposta à miséria ou à prostituição para sobreviver. Com a carta de divórcio ela poderia casar-se novamente. Deus não é radical no trato com os problemas decorrentes do pecado e com o ser humano. Ele se importava com as mulheres e sabia o quanto elas iriam sofrer com a dureza do coração do homem, e tornou o trato desse assunto mais digno para elas.Segundo ensinou o Senhor Jesus, o divórcio é permitido somente no caso de infidelidade conjugal.
     Ao invés de satisfazer o desejo dos fariseus, que admitiam o divórcio “por qualquer motivo”, o Mestre disse: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério” (Mt 19.9). Numa outra versão bíblica, lê-se: “exceto por causa de infidelidade conjugal” ou “relações sexuais ilícitas”. Essa foi a única condição que Jesus entendeu ser suficiente para o divórcio.

3. Permissão para novo casamento. Pelo texto bíblico, está claro que Jesus permite o divórcio, com a possibilidade de haver novo casamento, somente por parte do cônjuge fiel, vítima de prostituição, ou infidelidade conjugal. Deus admite a separação do casal, não como regra, mas como exceção, em virtude de práticas insuportáveis relacionadas à sexualidade, que desfazem o pacto conjugal. Do contrário, um servo ou uma serva de Deus seria lesado duas vezes: pelo Diabo, que destrói casamentos e, outra, pela comunidade local, que condenaria uma vítima a passar o resto da vida em companhia de um ímpio, ou viver sob o jugo do celibato, que não faz parte do plano original de Deus (Gn 2.18). Todavia, em Jesus o crente tem forças para perdoar e fazer o possível para restaurar seu casamento.


III. ENSINOS DE PAULO A RESPEITO DO DIVÓRCIO

1. Aos casais crentes. Paulo diz: “todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher” (1Co 7.10,11). Esta passagem refere-se aos “casais crentes”, os quais não devem divorciar-se, sem que haja algum dos motivos prescritos na Palavra de Deus (Mt 19.9; 1Co 7.15). Se há desentendimentos o caminho não é o divórcio, mas a reconciliação acompanhada do perdão sincero ou o celibato por opção e não por imposição eclesiástica.

2. Quando um dos cônjuges não é crente. Paulo ensina que, se o cônjuge não crente concorda em viver (dignamente) com o crente, que este não o deixe (1Co 7.12-14). O crente agindo com sabedoria poderá inclusive ganhar o descrente para Jesus (1Pe 3.1).

3. O cônjuge fiel não está sujeito à servidão. O apóstolo, porém, ressalva: “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz. Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?” (1Co 7.15,16). Ou seja, o cristão fiel, esposo ou esposa, não é obrigado a viver até a morte sob a servidão de um ímpio. Nesse caso, ele ou ela, pode reconstruir a sua vida de acordo com a vontade de Deus (1Co 7.27,28,39). Entretanto, aguarde o tempo de Deus na sua vida.



LEITURA BÍBLICA : Provérbios 5.1-5; Mateus 5.27,28

Vivemos num mundo carente de valores éticos e princípios cristãos. Para as pessoas que não seguem os desígnios divinos, a infidelidade conjugal é vista como prática socialmente aceitável. Porém, os mandamentos divinos são eternos. De acordo com a Bíblia, o adultério é e continuará a ser uma ofensa ao próprio Deus. Lamentavelmente, muitos cristãos estão se deixando levar pelas astutas ciladas do Diabo, fazendo da infidelidade conjugal um hábito. Nesta lição, refletiremos a respeito desse terrível mal que vem infelicitando as famílias.



I. ADULTÉRIO, UM GRAVE PECADO

1. Conceito e origem da palavra. A palavra adultério vem do latim adulterium, que significa “dormir em cama alheia”. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe (CPAD), é a relação sexual entre uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge. Tal ato é um pecado gravíssimo perante Deus, sendo condenado tanto no Antigo quanto em o Novo testamento (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). É um ato tão grave que no tempo da lei Mosaica, a pena para o adultério era o apedrejamento (Lv 20.10; Dt 22.22).

2. É preciso vigiar. A infidelidade conjugal é um processo maligno que tem início na mente. No começo, são apenas alguns pensamentos que surgem de “mansinho”. Se estes, porém, não forem combatidos, acabam por nos impregnar a alma e o coração, redundando em atos vergonhosos. Tomemos muito cuidado com o que vemos e pensamos (Sl 101.3; Fp 4.8). Enfim, vigiemos e oremos constantemente para não cairmos nas astutas ciladas do Diabo (Ef 6.11). Jesus exortou-nos a respeito da vigilância e da oração (Mt 26.41). Davi, mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus (1Sm 13.14), não vigiou. Ele cometeu um adultério que o arrastou a um homicídio (2Sm 11). Por isso, vigie.

3. Buscar a presença de Deus e não desprezar o cônjuge. Sem a presença de Deus, o casal torna-se vulnerável às investidas do Maligno. Todavia, a comunhão diária com o Senhor, por intermédio da oração, da leitura da Bíblia e do jejum, além de fortalecer-nos, ajuda-nos a ter um bom relacionamento com o cônjuge. A presença divina auxilia-nos a suportar as crises.

Muitos obreiros, por falta de orientação, acabam dedicando-se excessivamente ao ministério eclesiástico em detrimento da família. O resultado é que a esposa e os filhos deixam de receber atenção e carinho. É bom dedicar-se à Obra de Deus. A família, porém, não pode ser esquecida, pois ela é o primeiro rebanho do pastor (1Tm 3.1-7; 5.8; 1Co 7.32-34).



II. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE

1. Afastamento de Deus. A Palavra de Deus diz que “os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite” (Pv 5.3). O pecado, a princípio, pode ser até “prazeroso”, mas o preço a ser pago é muito alto; não vale a pena; traz sofrimento e muita dor.

     A imoralidade sexual e a infidelidade destroem a família. Todos no lar são afetados de alguma forma. Alguns minutos de prazer ilícito podem levar um homem, ou uma mulher, para o inferno, para a perdição eterna (1Co 6.10). Deus é santo e não aceita o pecado. O adultério divide a família, afasta o cônjuge da presença de Deus e impede as bênçãos divinas (Is 59.1,2).

2. Morte espiritual. O adultério leva à morte espiritual, às vezes até a morte física. Quando nos afastamos de Deus morremos espiritualmente. A infidelidade conjugal fere as pessoas e destrói a alma (Pv 6.32). Davi arrependeu-se, mas pagou um alto preço pelo seu erro. Se o Senhor não ouve as orações daqueles que tratam mal os cônjuges (1Pe 3.7), imagine como Ele reage à infidelidade conjugal (Ml 2.16).

3. Um lar despedaçado. O adultério aflige toda a família. Os filhos, independentemente de sua idade, são sempre os maiores prejudicados. Em geral, ficam decepcionados com os pais e tendem a desconfiar sempre de todos. Alguns filhos acabam, além de carregarem mágoas de seus pais, levando ressentimentos e dor para suas futuras famílias. Seus relacionamentos são afetados. Por isso,

Deus abomina a infidelidade, a deslealdade (Ml 2.15). O marido deve amar a esposa, assim como a esposa precisa amar o marido (Ef 5.22-33). A falta de amor prejudica o casamento e abre brechas à deslealdade. O amor entre os cônjuges deve ser incondicional, assim como o de Cristo pela Igreja. Tal amor é um antídoto contra a deslealdade.


III. CONSELHOS CONTRA A INFIDELIDADE

1. Fuja das tentações. É preciso ser prudente e evitar o mal. Jesus ensinou os discípulos a terem uma atitude de prudência e sensatez diante das tentações (Mt 10.16; 26.41). Ante o perigo, façamos como José. Ele preferiu fugir a pecar contra Deus. Temendo ao Senhor, rejeitou o pecado. E embora viesse a pagar um alto preço por sua fidelidade, foi honrado por Deus no devido tempo (Gn 39-41). Diante do pecado, fuja (1Ts 4.3).

2. Honre o seu cônjuge. Há maridos que se envergonham de suas esposas. O profeta Malaquias advertiu o povo de Deus, para que ninguém fosse “desleal para com a mulher da sua mocidade” (Ml 2.15). Envelhecer junto à mulher amada é um privilégio. Também há mulheres que, com o passar do tempo, deixam de se interessar e honrar seus maridos. A Bíblia, porém, recomenda a esposa a reverenciar o marido (Ef 5.33). Os muitos afazeres levam algumas mulheres a se esquecerem de seu papel junto ao esposo. Honre seu cônjuge, dando-lhe o apreço e o respeito necessários.

3. Aprecie seu cônjuge. Você aprecia seu cônjuge? Ter apreço significa vê-lo como algo valioso. A Palavra de Deus nos diz que “onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lc 12.34). Se o seu cônjuge é o seu tesouro, ou seja, uma joia que você protege e zela com carinho e respeito, o adultério não terá vez em sua vida. Há esposas e maridos que cuidam bem da casa, do carro, da conta bancária, da igreja, mas não têm cuidado nem interesse pelo seu cônjuge. Valorize-o e alegrem-se juntos no Senhor. Não busque jamais beber água de outra cisterna (Pv 5.1-23).


     O adultério é um grave pecado. Por isso, o cônjuge deve vigiar, buscar a presença de Deus e jamais desprezar o outro.
     A infidelidade conjugal afasta a pessoa de Deus, mata a espiritualidade e dilacera o lar.
Alguns conselhos contra a infidelidade no matrimônio: fuja das tentações; honre o seu cônjuge e o aprecie.

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LEITURA BÍBLICA: Efésios 5.22-30

Os conflitos familiares vêm de tempos imemoriais. No Éden, antes da Queda, havia um ambiente perfeito: harmônico e amoroso. Mas o casal, ouvindo o tentador, perdeu a doce comunhão com Deus, e a consequência não podia ser outra: o início de sérios conflitos familiares. A boa nova para os nossos dias é saber da possibilidade, em Cristo, de equacionarmos os problemas que, às vezes, afetam a família cristã.


I. DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES

1. Temperamentos diferentes. Dentre os vários motivos existentes para justificar os desentendimentos entre os cônjuges, o que mais se destaca é o temperamento. Segundo os psicólogos, temperamento “é a combinação de características inatas que herdamos dos nossos pais que, de forma inconsciente, afetam o nosso comportamento”. De acordo com o conceito popular, podemos dizer que o temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos diversos estímulos e situações que se nos apresentam cotidianamente (Gn 25.27). Mas, pelo amor, podemos (e devemos) vencer todas as nossas diferenças, a fim de que tenhamos um casamento feliz (1Pe 4.8).
2. Fatores que trazem conflitos. Diversos são os fatores que desencadeiam conflitos no lar. Eis alguns deles:
a) Falta de confiança. O casamento só tem sentido quando é estabelecido na plena confiança do amor verdadeiro, pois o amor folga com a verdade (1Co 13.6). Quando há amor entre o casal não há motivos para desconfianças ou ciúmes (1Co 13.5b). Há quem pense que o ciúme desenfreado é prova de amor. Grande engano! É loucura que pode, inclusive, colocar em risco a estabilidade conjugal.
b) Tratamento grosseiro. Onde o Espírito Santo se faz presente há perfeito amor, paz, alegria e longanimidade, que é a paciência para se suportar as falhas alheias (Gl 5.22). Uma das formas de demonstrarmos o fruto do Espírito é vista na maneira como usamos nossas palavras, pois a palavra branda joga para longe o furor. Mas os conflitos entre os cônjuges suscitam ira, ódio e destruição (Pv 15.1). E a forma com que tratamos uns aos outros é vista por Deus como uma referência para designar quem é sábio ou não, pois a sabedoria é manifesta em obras de mansidão (Tg 3.13).
c) Dívidas. As dívidas ocasionam muitos conflitos familiares, chegando até mesmo a terminar um relacionamento conjugal. Quando uma pessoa se endivida não pensa em mais nada a não ser nas dívidas. Algumas pessoas até adoecem. Assim, precisamos ouvir a Palavra de Deus e nada dever a ninguém (Rm 13.8). Através de um planejamento eficiente, bom senso e autocontrole podemos fugir das dívidas. Faça isso para o bem-estar da sua família (Pv 11.15; 22.7,26)!
d) Infidelidade. Quando o cônjuge encobre a sua conduta pecaminosa o pecado vem a público inesperadamente (Lc 12.2). O casamento sofre um duro golpe, os filhos ficam sem direção e a família transtorna-se. É imperativo que os cônjuges evitem, a todo o custo, o envolvimento extraconjugal. Além de ser um grave pecado contra Deus, é uma ofensa contra o cônjuge, filhos e filhas (ler Pv 5.3-6). A infidelidade contra o cônjuge é infidelidade contra Deus.

Falta de confiança, tratamento grosseiro, dívidas e infidelidade podem causar conflitos familiares.



II. ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS

1. A mulher no mercado de trabalho. Devido às modernas demandas sociais, a mulher deixou de se dedicar exclusivamente às funções domésticas, e passou também a exercer funções em empresas e organizações diversas, ocupando a maior parte do seu tempo em atividades profissionais. Mas essa mudança tem trazido sérias consequências. Há mais de uma década, para cada dez homens que morria de infarto, apenas uma mulher sofria desse mal. Hoje, o número de mulheres que morre desse mal subiu para quatro.

2. A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos. Sem a presença dos pais, as crianças ficam desorientadas. Muitas vezes elas convivem com pessoas que não têm a menor capacitação para educá-las. Por outro lado, algumas crianças ficam o dia todo em frente da “babá eletrônica”, a televisão, ou com a “mestra eletrônica”, a internet. Ali, são “educadas” pelos heróis artificiais. As figuras do pai e da mãe presentes estão cada vez mais escassas. Tal ausência é sentida quando os nossos filhos entram na adolescência, uma fase de novidades e mudanças bruscas.

Os pais podem trabalhar fora, todavia, não podem descuidar da educação de seus filhos. A educação dos filhos deve ser prioridade.


III. MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS

1. Educação prejudicada. A melhor escola ainda é o lar. Precisamos ensinar a Palavra de Deus aos nossos filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4; Pv 22.6). Infelizmente, o excesso de ocupação dos pais relegou a educação dos filhos às instituições educacionais. Esperando que tais entidades construam o caráter dos seus filhos, os pais ignoram a família como instituição responsável pela formação espiritual e moral da criança. Muitos não acompanham a rotina escolar dos filhos e sequer a filosofia pedagógica adotada pela instituição de ensino.
2. Quem são os professores? Infelizmente, são graves os prejuízos à nação na área educacional. Os “mestres” das crianças, hoje, são os artistas e as empresas de telecomunicação. É comum ver as nossas crianças e adolescentes prostrados diante da TV, consumindo todo tipo de má educação. Mas é raro vê-los nos cultos de oração e ensino da Palavra. Que a igreja local invista nos professores de Escola Dominical. Que os professores da Escola Dominical se preparem eficazmente para o grande desafio de ensinar a Palavra de Deus num mundo que jaz no maligno (Rm 12.7).
3. Falta de estrutura espiritual e moral. A ausência de Deus é o inimigo número um do lar. É essencial que aqueles que constituem família convidem Jesus, o maior educador de todos os tempos, a estar presente em seu lar. É indispensável que os pais, com a assistência da Igreja, optem por servirem a Deus, contrariando as propostas do mundo (Js 24.15). Realizemos o culto doméstico e, juntamente com os nossos filhos, estudemos a Bíblia. Não nos esqueçamos: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1).


LEITURA BÍBLICA: Efésios 5.1-6

     Sabemos que satanás tem mobilizado os sistemas deste mundo para desestruturar a vida familiar. No entanto, a Igreja de cristo, como "sal" e "luz" da terra, deve confrontar, por intermédio da palavra de Deus, os ataques do maligno. Não podemos esquecer que estamos lutando contra os principados e potestades (Ef 6.12).Se desejamos uma vida familiar vitoriosa, precisamos viver em total dependência do Senhor. Carecemos da armadura de Deus para que possamos enfrentar as lutas e desafios do nosso tempo.


I. OS ATAQUES DO INIMIGO

1. Ataque as crianças. Atualmente, em muitas escolas, tanto da rede pública como privada, o ensino materialista está sendo valorizado e repassado de modo contínuo às crianças. A educação que nossos filhos recebem é totalmente influenciada pelo materialismo e o ateísmo. Os currículos, que reúnem os conteúdos programáticos, a serem transmitidos nas salas de aula, são fundamentados na filosofia evolucionista. tudo começa com a explicação sobre a origem da matéria,da vida, do homem, e de tudo que existe no universo. Os pais não podem negligenciar a educação de seus filhos, e devem levá-los aos pés do Senhor. A Igreja também deve ajudar os pais nesta nobre missão, oferecendo uma educação religiosa de qualidade as crianças.
2. Ataque à disciplina no lar. 

     Em nossos dias existem questionamentos relacionados a aplicação da disciplina aos filhos. Mas, segundo a Palavra de Deus, aplicada com sabedoria, a disciplina livra as crianças da morte (Pv 23.13,14). Disciplina é toda ação instrutiva e discipuladora, pois a palavra disciplina tem a mesma raiz da palavra disciplinar. De fato, uma pessoa bem disciplinada é uma pessoa bem educada, bem discipulada. Que os pais educam seus filhos no temor e na admoestação do Senhor e que seus filhos honrem e obedeça aos pais conforme ordena a Palavra de deus. Devemos nos lembrar também de que devemos ser prudentes na aplicação da disciplina aos nossos filhos, para mostrar-lhes, acima de tudo, a forma correta de proceder em toda a sua existência.

3. Falsos Ensinos. Há em nossos dias, diversas novas tecnologias que agridem diretamente a mensagem bíblica. De modo aberto, e às vezes sutil, "as portas do inferno" valem-se da tecnologia para atacar a Igreja e consequentemente às famílias. satanás tem investido e disseminado muitos ensinos deturpados, que utilizam até de partes das Escrituras, utilizadas sem a devida e correta interpretação, para confundir e afastar do Senhor as famílias, que tem sede de salvação, do caminho, da verdade , e da vida, que é o próprio Jesus Cristo (Jo 14.6). Inspirados por teologias liberais, há famílias que não mais veem a Bíblia como a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Todavia, a Bíblia é e continuará sendo a única regra de fé e prática do cristão. Alguns chegam a ensinar que a Bíblia limita´se a conter a Palavra de Deus. Cuidado! A Bíblia é, de fato, a Palavra de Deus. Leia com atenção 2 Timóteo 3.16. É indispensável, que as famílias cristãs estudem e obedeçam fielmente as Sagradas Escrituras. Nossas famílias precisam estar preparadas para enfrentarem as muitas teologias antibíblicas que tem se levantado no nosso tempo, pois não podemos deixar brecha alguma ao adversário. Quer na igreja, quer em casa, vigiemos e oremos.

II. ATITUDES MUNDANAS PARA DESTRUIR A FAMÍLIA


1. O abandono aos filhos. 

2. Desrespeito aos pais.
3. O secularismo. Segundo o dicionário Teológico (CPAD) o secularismo é a "doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. Para o secularismo, o homem, e somente o homem, é a medida de todas as coisas". Quando a família se seculariza, os valores espirituais, bíblicos são desprezados e os valores humanos e materiais são exaltados. Como cristãos não podemos nos conformar com o pecado, a iniquidade e a corrupção que destrói a vida familiar. Precisamos ser santos em toda a nossa maneira de viver (1Pe 1.15,16). Muitas famílias estão sendo influenciadas , pela mídia, a viverem um estilo de vida materialista e hedonista. Não podemos jamais esquecer que precisamos ser "sal da terra" e "luz do mundo" (Mt 5.13,14). Como sal, precisamos ter uma vida familiar de tal forma, que os que nos veem, ou nos ouvem, sintam a nossa família fazer diferença marcante no ambiente em que nos situamos. Como luz, precisamos, com nosso testemunho, contribuir para dissipar as trevas do pecado em nossa volta.

III. O CUIDADO CONTRA A FILOSOFIA MUNDANA E A PORNOGRAFIA


     Para a filosofia de vida mundana, não há limites para o homem desfrutar do prazer carnal. a internet, que tem sido usada como grande meio de comunicação, facilitou também a propaganda e o estilo de vida miserável e sujo, com a pornografia. Como reagir a esse desafio?


1.Observar a Palavra de Deus. A Bíblia diz que o jovem só pode ter pureza em seu caminho quando observar a Palavra de Deus (Sl 119.9-11). Como não há idade para o pecado, este princípio aplica-se a qualquer cristão independente de sua faixa-etária. É indispensável que o adolescente, o jovem, ou o adulto, conheçam profundamente a palavra de Deus. Assim, estaremos preparados para enfrentar os ardis de satanás (Ef 6.10-20).


2.Templo do Espírito Santo. Não é incomum sofrermos tentações em todas as esferas da vida, principalmente na sexual por causa da pornografia, tão comum em nossos dias. Porém, devemos nos lembrar de que o nosso corpo é templo do Espírito Santo e o objeto de glorificação ao Altíssimo (1Co 6.18-20). E devemos buscar a santificação para vencermos os desafios como oferta de sexo imoral e sem compromisso, que desfigura a santidade e desagrada a Deus. (Hb 12.14; 1Pe 1.15). 


3." Não porei coisa má diante dos meus olhos" (Sl 101.3). "Coisa má" é tudo aquilo que, aos olhos de Deus, é reprovável. A pornografia é uma atitude pecaminosa contra a santidade do corpo e contra o próprio Deus. Portanto, os pais devem ser os tutores dos seus filhos, orientando-os quanto ao que pode ser visto, ouvido e assistido. Não podemos descuidar da educação dos nossos filhos. Zele por sua descendência.


     O alvo do diabo é minar as famílias através dos falsos ensinos às crianças, da distorção da Palavra de Deus e da ausência de disciplina no lar.


     O crente como sal e luz do mundo, representante do reino divino, não pode permitir que atitudes mundanas destruam a família.


     Só poderemos vencer a filosofia mundana se atentarmos para a Palavra de Deus.





Leitura Bíblica: Efésios 5:22-28,31,33

I. A vontade de Deus para o casamento

1.Um plano global.
2.Os indicadores da vontade de Deus.

II. O amor verdadeiro no casamento

1.O dever primordial do casamento.
2.O amor gera união plena.

III. A fidelidade conjugal

1. Fator indispensável à estabilidade no casamento.
2. Cuidado com os falsos padrões.



Leitura Bíblica - Gn. 1.27,31;2.18,20-24

   As Escrituras ensinam que homem e a mulher foram feitos "a imagem de Deus". Após Deus formar o homem, formou também a mulher. Essa foi a segunda grande decisão divina no tocante à existência da humanidade.
Deus uniu o homem à mulher, instituindo assim o casamento, não apenas para a perpetuação da raça humana, mas para a formação do casal e, consequentemente, de toda a família.

I. O princípio da monogamia

1. Monogamia X Bigamia.
A palavra monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (únicos) e gamós (casamento), significando um único homem para uma única mulher. Desde o Gênises, vemos a monogamia como o modelo de união arquitetado por Deus para o casamento e a formação da família. Porém o primeiro registro da bigamia também está no livro dos começos. Lameque, filho de Metusalém (Gn 4.18;5.24), por razões não explicadas, teve mais de uma esposa (Gn 4.19). Temos depois, Esaú, filho de Isaque, desobedeceu a Deus e casou-se com duas mulheres heteias (Gn 26.34,35). No primeiro livro de Samuel, temos o caso de Elcana que tinha duas mulheres. O resultado não poderia ser outro: invejas, intrigas e brigas (I Sm 1.4-8).

2. A poligamia torna-se comum.
Abraão incorreu nesse grave erro. Por sugestão de sua mulher, Sara, que era estéril, o pai da fé uniu-se a Agar, serva de sua esposa. Era o concubinato acontecendo na família de Abraão (Gn16), vindo Ismael a nascer como fruto daquela relação. Transtornos familiares, históricos e espirituais foram inevitáveis naquele clã. Isaque, considerado filho da promessa, casou-se aos 40 anos,com uma esposa escolhida por seu pai, e preferiu viver um casamento monogâmico, honrando Rebeca, sua esposa, e principalmente, honrando ao Senhor.
    O Antigo Testamento descreve a poligamia e as suas tragédias na vida de Jacó e na dos Reis de Israel.

O que a Bíblia diz sobre o casamento.

  • Gn 2.18-24 _ O casamento é uma ideia de Deus.
  • Gn 24.58-60 _ O compromisso é essencial para um casamento bem-sucedido.
  • Gn 29.10,11 _ O romance é importante.
  • Jr 7.34 _ O casamento proporciona momentos de imensa felicidade.
  • Ml 2.14,15 _ O casamento cria o melhor ambiente para a educação dos filhos.
  • Mt 5.32 _ A infidelidade quebra o vinculo da confiança, que é a base de todo o relacionamento.
  • Mt 19.6 _ O casamento é permanente.
  • Rm 7.2,3 _ O correto é que apenas a morte dissolva um casamento.
  • Ef 5.21-33 _ O casamento está baseado nos princípios  práticos do amor, não em sentimentos.
  • Ef 5.23-32 _ O casamento é um símbolo vivo de Cristo e a Igreja.
  • Hb 13.4 _ O casamento é bom e honroso.
3. Em o Novo Testamento a poligamia é condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo.
Certa feita, os fariseus se aproximaram de Jesus e interrogaram-no se era lícito o homem repudiar a "sua mulher" por qualquer motivo (Mt 19.3). Note que eles não perguntaram se podiam deixar "suas mulheres". A resposta do Senhor remonta a origem do casamento e da própria criação (Mt 19.5,6; Gn 2.24).Jesus refere-se apenas a "uma esposa", e as epístolas fundamentam-se nos evangelhos ao tratar desse tema.

a)Uma esposa e um marido;
b)A harmonia conjugal;
c)A monogamia na liderança.

II . O princípio da heterossexualidade

1."Macho e fêmea os criou".
Deus criou o homem, um ser masculino (Gn 1.26), e também fez a mulher, um ser feminino (Gn 1.27). Deus uniu o homem com a mulher, demonstrando a natureza e o padrão divino da heterossexualidade. As Santas escrituras são claras ao condenarem _ assim como o adúltero, a prostituição, a perversidade, a idolatria, a mentira, o falso testemunho etc.

2. "E se unirá à sua mulher".
Após realizar o primeiro casamento, o Criador disse: "portanto deixará o varão o seu pai e sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24). Veja que o Senhor é taxativo ao falar ao homem à respeito da sua vocação heterossexual: "apegar-se-á à sua mulher". Por isso olhemos para as escrituras e olhemos para o ciclo da vida humana e, concordaremos: se não fosse a união heterossexual, promovida por Deus, desde o princípio, a raça humana não teria subsistido.

III. A indissolubilidade do casamento

1. Uma só carne.
A fim de proporcionar uma vida conjugal abundante, o Criador planejou uma união histórica, indissolúvel e permanente. O matrimonio entre o homem e a mulher seria para sempre! Tristemente, o pecado ruiu o princípio divino da continuidade do casamento, trazendo divórcio e separando famílias. O plano de Deus, entretanto, ainda pode ser encontrado nas palavras de Jesus: "o que deus ajuntou não separe o homem" (Mt 19.6).

2. A porta de entrada para o divórcio.
Há situações em que a falta de união e de amor de casamento, talvez motivados pela desobediência a deus, pelo orgulho e pela falta de perdão, fazem a convivência do casal torna-se uma grande fachada. Por convivência, o casal apresenta-se à sociedade ou à igreja local numa aparente alegria matrimonial, mas na intimidade a união tornou-se insuportável. É necessário que a Igreja esteja pronta para auxiliar os casais que passam por crises conjugais, e motivá-los sempre a permanecerem unidos em um amor não fingido, mas solidificado e resistente às contrariedades que possam existir no dia a dia. 



Leitura Bíblica :Gn. 2.18-24

1. A família no plano de Divino.
a)O propósito de Deus;
b)Um lugar de proteção e sustento;
c)A primeira família.

2. A queda e as suas consequências para a família.
a)O ataque do inimigo;
b)Os resultados da Queda no relacionamento familiar;
c)A vida familiar depois da Queda.

3. A Constituição familiar ao longo dos séculos.
a)Família patriarcal;
b)A família nuclear (monogâmica).
c)A família na atualidade